quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Meu Deus em Ti confio

Têm sido dias complicados, mas em tuas mãos ponho todas as minhas preocupações e medos. Seja feita à tua vontade, porque em Ti confio.


sábado, 24 de janeiro de 2015

São Sebastião, Mártir

(por Cristóvão Duarte Sousa)

Festeja-se em algumas terras, por estes dias, o mártir  São Sebastião. É o caso da nossa actual terra, a vila de Verride, da qual São Sebastião é padroeiro.

São Sebastião era soldado romano, mas recusou perseguir os cristãos, desobedecendo assim ao imperador. Sebastião era querido do imperador e podia ter sido talvez um grande oficial do exército, mas escolheu
obedecer antes a Deus do que aos homens. Isso valeu-lhe o martírio, não uma, mas duas vezes! Primeiro foi executado com flechas, mas tendo sobrevivido miraculosamente e recuperado, foi posteriormente espancado até à morte.

Ficheiro:Marco Palmezzano - Saint Sebastian.jpg

Olhando para o exemplo destes santos, de outros tempos, mas também e sobretudo os dos nossos dias, pergunto-me o que faria eu se me visse numa situação em que a afirmação da minha esperança em Jesus pudesse ser causa da minha morte. Depressa me apercebo que não preciso de tanto: basta perguntar-me o que faço eu num grupo de amigo ou colegas quando o tema da religião, temas sobre a defesa da vida, ou o mal dizer da Igreja vem à conversa.

Sou eu capaz de afirmar a minha fé? De aceitar as "flechas" dum possível escárnio? Ou preocupo-me eu com as minhas máscaras, com o "status", e calo-me?

Mais: tenho eu a caridade de falar e ser testemunho do nosso Deus vivo para os meus irmãos? Nunca esquecendo que também eu fui em tempos um ignorante, e que se conheci a Sua Palavra foi pela boca e testemunho de outros, e nada por mérito meu.


Roguemos a São Sebastião que nos ensine a nós e às nossas famílias a coragem de aceitar com amor as flechas que nos sejam atiradas por sermos de Cristo, pois
o servo não é mais que o seu senhor (Jo 15, 20)

Peçamos a São Sebastião que os nossos padres obedeçam a Deus e não aos homens, dizendo o que eles precisam de ouvir e não aquilo que eles querem ouvir.

E que São Sebastião, que sofreu o martírio duas vezes sem medo da morte, nos auxilie na nossa:
HINO A SÃO SEBASTIÃO 
Sebastião Santo
De Jesus Querido
Valha-me sempre
O vosso patrocínio 
Sebastião Santo
Dai-me alegria
Para que em paz acabe
A milícia da vida 
Valei-me Sebastião Santo
Na Final Agonia
Com Jesus me assisti
No último dia 
Levai a minha alma
Na despedida
A onde eu possa louvar
A Jesus e Maria
                      (da pagela de São Sebastião, Verride)

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Ter filhos

A minha mãe diz que eu quando era pequena dizia que queria ser mãe, penso que deve ser o desejo de todas as meninas pequeninas... Lembro-me de imaginar a cuidar do meu bebé com todos os passinhos, como vejo agora as minhas filhas fazê-lo com tanto empenho.


Há medida que fui crescendo, afastada de Deus, e com toda a vivência que experienciei, não queria casar, mas queria ter filhos. Lembro-me de pensar que um dia iria adoptar uma criança e viver com ela, um marido não fazia parte dos meus planos. Há medida que me fui aproximando de Deus, e me fui apercebendo que Ele reservara mais projectos para mim do que os que eu julgava, comecei a amar e a desejar ter uma família.

Ao conhecer o Cristóvão, comecei a desejar casar e ter filhos. Contudo, a minha menstruação sempre foi irregular, nunca foi contínua e muito menos certa. Toda a minha adolescencia ouvi dizer que era da má circulação do sangue. Até que aos 20 anos decidi ir a uma ginecologista. O meu primeiro contacto com este tipo de medicina foi estranho, não me sentia muito confortável, mas eu queria saber o porquê de não ser igual às outras raparigas da minha idade. Depois de variados exames, a Drª Etelvina disse-me que teria que fazer um tratamento hormonal e que ao fim de dois anos a situação se resolveria naturalmente, mas ao fim de 2 anos, tudo estava igual. A menstruação não vinha a tempo e horas, voltei à médica e ela disse-me com todas as letras, que iria ser difícil engravidar, para me mentalizar, pois tinha os ovários poliquísticos que por vezes não ovulavam.

Tinha na altura 22 anos e para mim foi difícil, ouvir aquelas palavras, pois destruíram o meu sonho de sentir um ser crescer dentro de mim, de amamentar... Como é que ia dar ao meu namorado, esta notícia? Como será que iria reagir? Com fé em Deus, começámos a rezar por esta intenção e juntos preparámo-nos também para não ser pais biológico, falámos também em adoptar crianças.

Aos 25 anos casámos, eu sempre tomei pilula, pois infelizmente era e é o único tratamento que os médicos indicam para estes casos, embora nos sintamos desgostosos com esta opção. Nos primeiros meses de casados, decidimos juntos que não iria tomar pilula, que iria tentar regular-me naturalmente, embora soubesse que falhava, queríamos tentar método natural. Três meses depois, a menstruação não vinha, corri de médico em médico e foi na maternidade que me disseram que devido ao meu problema teria que tomar pilula. A gravidez estava fora de questão, e voltei a tomar pilula. Mas quando parei de tomar continuava sem vir menstruação, até que desconfiámos e a boa noticia tinha chegado.

 Estava grávida!
Tinhamos muito medo de falhar como pais, de não ser capaz de tratar bem de um bébé, tinhamos todos os receios que os pais têm, mas a felicidade era muita, não queríamos acreditar que era verdade...mas era mesmo! O poder da oração era mais forte que os tratamentos médicos. A madalena  foi  a nossa primeira benção.



Foi sempre uma criança calma, criativa, cuidadosa e muito alegre. Dois anos depois, Deus surpreendeu-nos com uma segunda gravidez que já havia sido tentada várias vezes, mas sem sucesso. Chegou a Leonor, uma bebé mais reguila e engraçada.


Dois anos depois, após umas férias maravilhosas, descobrimos que Deus queria nos presentear com mais uma benção. Estava à espera de mais um bebé, apesar de nem toda a gente concordar com a nossa opção, foi uma alegria imensa ser mãe novamente. Esperámos nove meses, sempre com grande entusiamo.

A Alice, que veio alegrar ainda mais as nossas vidas, é uma bebé que vive em festa, a sua vida é rodeada de alegria e agitação, o silêncio incomoda-a desde que estava no meu ventre.




















Como tenho dito, noutros post, Deus guia a nossa vida. Por mais que queiramos determinadas coisas ou que pensemos que é em vão outras situações. É Deus que decide o melhor para nós e a Providência Divina acontece naturalmente. Embora tenha tirado um curso, embora quisesse ser uma mulher com sucesso profissional. Deus tem designado para mim, ser mãe. Que curiosamente era o que desejava em criança. E a verdade é que amo ser mãe a tempo inteiro. Não se nota?



terça-feira, 20 de janeiro de 2015

As fases do casamento

Olá amigas, antes de mais quero agradecer todas as mensagens de apoio. Vou estando por cá, uma vez por semana, para já. Bem haja!

Hoje deixo-vos um vídeo que alguém me enviou. Eu e o Cristóvão vimos juntos e rimo-nos imenso, pois realmente há situações que coincidem. Descubram a fase em que se encontram como casal! Este Padre Chrystian Shankar é muito cómico.


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A minha missão é seguir-te Senhor

Antes de mais, peço desculpas aos leitores por andar ausente. Vários motivos originaram esta minha ausência. A gripe que nos entrou porta a dentro, o trabalho, mas o motivo principal foi uma discussão que me deixou completamente sem vontade de escrever, sem vontade de continuar este blog. Entrei várias vezes para o encerrar, mas sempre havia algo que me interrompia. Nessa discussão alguém me dizia que os alguns dos meus temas "não interessam nem ao menino Jesus", o que me deixou desolada. Pois escrever neste blog, estava a ser uma aventura que estava a fazer crescer espiritualmente, crescer como mãe, como ser humano, e aprender também a escrever e a gerir o tempo de uma forma quase impossível. Estava a ser difícil, mas eu estava a conseguir, e isso me fazia feliz. 
Eu sentia-me sem vontade para nada, nem para rezar, parecia que aquelas palavras me tinham ferido de tal forma, que não saiam da minha cabeça e sentia-me desanimada. Este desanimo estava a atacar a minha alegria mas também a minha fé e a minha caminhada em busca do Senhor e a das minhas filhas claro, pois a mãe deixara de cantar e rezar com elas durante o dia. 
No dia em que fui à Missa do Galo, o Senhor chamou-se de novo a segui-lo em missão. O senhor Padre António, dirigiu-se a mim e pediu-me se poderia ler na acção de graças, no final da Eucaristia, e eu aceitei. Contudo, chamou-me duas vezes a ler antes e depois da comunhão. E chamou também minha filha mais velha a segurar o menino Jesus e convidou-a para dar beijar  o menino às pessoas, e ela aceitou com muito agrado.
Quando me ajoelhei na consagração, senti o Senhor dentro do meu coração. Senti que me chamava, baixinho ouvia-a "Segue-Me, as tuas palavras são importantes, continua". Depressa me comovi e olhei para o lado e comentei com o Cristóvão "Afinal os meus temas interessam ao menino Jesus, ele está a chamar-me".
Voltei com grande felicidade para casa e com muita vontade de escrever, mas a gripe entrou de rompante cá em casa e atacou as três pimpolhas... foram momentos difíceis, de noites e dias sem dormir... não conseguia ter tempo para escrever.
Hoje lembrei-me das mensagens que ia recebendo, enquanto não actualizava, lembrei-me do retiro no qual não pude estar presente, lembrei-me de Maria que passou por tantas dificuldades e nunca deixou de dizer sim a Deus. Voltei para dizer que Sim, a minha missão e da minha família é seguir-Te Senhor.